a presença negra nos espaços públicos de são paulo
a presença negra nos espaços públicos de são paulo
novembro 2020
Que histórias as cidades nos contam? Quem são as pessoas imortalizadas nos espaços públicos da cidade? O que elas simbolizam? Quais narrativas podemos ter sobre elas?
Instigadas/os por essas perguntas e com o objetivo de contribuir com o projeto de Lei 404/2020 protocolado pela Mandata Quilombo na Assembleia Legislativa de São Paulo, pretendemos com esta pesquisa contribuir com o debate público sobre os monumentos oficiais registrados e catalogados pela Prefeitura de São Paulo em seu portal GeoSampa.
Como nos alerta Chimamanda Adichie em se livro “O Perigo de uma História Única”:
“As histórias são importantes. Muitas histórias são importantes. As histórias têm sido usadas para desapropriar e tornar maligno. Mas as histórias também podem ser usadas para dar poder e para humanizar. As histórias podem quebrar a dignidade de um povo. Mas as histórias também podem reparar essa dignidade quebrada ”
Por isso, não pretendemos circunscrever e aprisionar esses monumentos, símbolos e personagens em uma história única, mas problematizá-los, investigá-los e promover uma pluralidade de leituras que nos permita ampliar as narrativas sobre os monumentos construídos da cidade e, mais do que isso, investigar que outras personagens, histórias e narrativas precisam ser contadas nos espaços das cidades.
Como nos ensina Lélia Gonzales, é só assim, desenvolvendo não só um discurso mas também uma práxis, que construiremos efetivamente uma democracia racial no Brasil.
nossa metodologia de análise
Para isso, nós avaliamos os 367 monumentos catalogados a partir das seguintes perguntas:
- O que retratam esses monumentos?
- São pessoas, objetos, símbolos?
- Quem eles homenageiam?
- Quem produziu esses monumentos e por que?
- Que espaço eles ocupam na cidade?
- Onde estão localizados?
- Quantas pessoas os veem cotidianamente?
Estas perguntas balizadoras nos ajudaram a iniciar um banco de dados para sistematizar os monumentos oficiais da cidade. Imaginamos esse banco de dados como um instrumento público que pode ajudar a fomentar uma discussão ampla e que envolve diversos agentes.
Abaixo reunimos alguns dos resultados da pesquisa. Para melhor visualização dos mapas, recomendamos o download do estudo na íntegra (disponível aqui).
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onde estão os monumentos de pessoas negras em sp?
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onde estão os monumentos das pessoas indígenas em sp?
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